Meus companheiros,
Ocorreu hoje, em Teresina, Piauí, a 23ª edição da vitoriosa Caminhada da Fraternidade cuja tema este ano foi DIFERENÇAS: NÓS RESPEITAMOS . Na rápida homilia, o Padre Tony Batista exortou a todos a ser mais tolerantes com as diferenças. Somos todos filhos de um mesmo Pai, disse. E Dom Jacinto, nosso arcebispo, completou:
" Vamos respeitar as diferenças, pois Deus ama seus filhos "
Pois é, somos uma única raça, humana, e não podemos viver sem respeitar nossas diferenças. O reconhecimento de todo “sinal de amor” como instrumento legal que traduz o afeto como sinônimo de união entre as pessoas é um dever de todo cristão. É sem dúvida um avanço de há muito desejado que todo cristão, independentemente de sua forma de amar, seja acolhido pela Igreja. Se o maior de todos os mandamentos é o amor, essa deve ser a liga que nos une como seres humanos que somos.
O Papa Francisco na sua mensagem sobre a Campanha da Fraternidade 2018 cujo tema é Fraternidade e Superação da Violência", exorta os brasileiros a promoverem uma cultura de paz, reconciliação e justiça. “ Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver como irmãos e irmãs e superar a violência”, escreveu o Pontífice.
E Rotary, o que tem a ver com isso ?
Rotary International é um organismo que pugna pela Paz Mundial. Nesse sentido, respeita as diferenças em todas as suas matizes. Existe projetos em vários clubes pelo mundo afora, buscando a Paz e respeitando as diferenças, dentre estes destaco o do deficientes físicos no México para que são incapazes de atuar como membros produtivos da sociedade. Por não conseguirem trabalhar ou sustentar suas famílias, eles enfrentam discriminação, precisam de cuidadores e são mantidos em casa, projeto que está andando com a ajuda do Rotary Club de Cuernavaca-Juárez, no México, e do Rotary Club de Paoli-Malvern-Berwyn, nos EUA. Igualmente, o projeto do governador 2017/18 do D.4560, Helvino Wilmann, exatamente sobre o tema " Respeitando as Diferenças .Mas, a inclusão social, uma das formas mais autênticas de respeito às pessoas portadoras de Necessidades Especiais ( não gosto da sigla PCD ) , é pouquíssimo praticado nos clubes rotários e, quase zero, em cargos de direção rotária.
Aliás, não se tem conhecimento de que algum rotariano detentor de patologia auditiva ou cadeirante tenha sido escolhido para algum cargo de direção a nível de RI ou mesmo regional, de distrito. Nos clubes, que convivem mais de perto, essa possibilidade é mais palpável, factível. É preciso, portanto, que partamos para os finalmente, que seja efetivamente incluído a PPNE ( pessoa portadora de necessidades especiais ) dentre os prováveis candidatos a ingressar no quadro social do clube . Este fato irá de encontro às campanhas rotárias..É preciso sair do " deles " para o " nós ". Clubes e Distritos fazem obra com inclusão social, como o RC de Lisboa Norte - ,Portugal, em que construiu uma maquete da Torre de Belém para que os cegos pudessem dimensionar a estrutura da mesma em sua realidade. É preciso trazê-los para a prática do companheirismo. Existe uma certa relutância na admissão, e essa relutância não deixa de ser uma discriminação disfarçada. porque estas pessoas " dariam enorme trabalho no exercício da função " , Não custa lembrar: estamos encerrando o Ano Rotário 2017/2018 cujo lema é : O ROTARY FAZ A DIFERENÇA
E olhe que as diferenças podem estar no campo político, social e sexual...
Ser cadeirante, surdo ou cego, não é sinônimo de QI baixo, a burrice. Muitas da vezes possui astúcia e sagacidade acima do limite. Agora, depender de outrem ( para empurrar o cadeira de rodas ou ler/escrever o que está sendo dito ) , de boa vontade, somente entre rotarianos que praticam o verdadeiro " dar de si antes de pensar em si. E isso não precisa de cotas, mas de companheirismo.
Segundo Azka Asif, Departamento de Engajamento e Serviços do Rotary " O Rotary é formado por uma rede global de voluntários de diversas origens, culturas e profissões. Aceitamos e celebramos as nossas diferenças porque são elas que fortalecem a nossa organização. Com perspectivas diferenciadas e a vasta experiência dos nossos associados, podemos trabalhar para sanar grandes desafios humanitários, sobretudo no que diz respeito à criação de um mundo mais pacífico." Ressalvo que o Rotary se esforça para estar, permanentemente, alinhado entre os prestadores de serviços à coletividade que mais se destacam por sua imagem positiva e tem conseguido manter esta posição desde sua criação, em Chicago, no ano de 1905. Planejando o ponderável e administrando o imponderável com o máximo de previsão e o mínimo de improvisação.
Então, conclamo a você, rotariano, a pensar na inclusão social no seu clube, efetivamente. A Imagem Pública de seu clube e RI só tem a ganhar.
Antonio Francisco Santos Oliveira , o Tom Oliveira
sócio do RCT Ininga e PPNE
fontes: http://www.rotary4650.org.br/projeto/1837
https://rotaryblogpt.wordpress.com/2017/02/20/como-aceitar-e-celebrar-as-nossas-diferencas/
http://revistarotarybrasil.com.br/imagem-publica-dificil-de-criar-facil-de-destruir/
Imagens da net
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